O Dia em que as Regras da Gravidade Mudaram
Era uma terça-feira comum até que… não era mais.
Logo cedo, quando Nina pulou da cama, em vez de cair no chão, ela flutuou! Subiu como um balão até bater com a cabeça no teto (de leve, ufa!). "Ué?", disse ela, rindo assustada. O ursinho de pelúcia também boiava no ar, girando como astronauta.
Lá fora, a rua estava uma bagunça engraçada. Cachorros flutuavam de coleira, balões grudavam no chão, e o leiteiro tentava correr atrás das garrafas que voavam feito pássaros.
— Mamãe! — gritou Nina, planando até o corredor. — A gravidade ficou doidinha!
— Eu percebi — respondeu a mãe, que estava amarrada com um lençol na cadeira da cozinha para não sair voando junto com a cafeteira.
Na escola, ninguém conseguia sentar. As carteiras precisaram ser amarradas com cordas no chão, e os lápis só escreviam se você os puxasse pra baixo com força.
Mas nem tudo era leveza. De repente, por volta do recreio, a gravidade ficou forte demais! Era como andar com mochila de elefante. Crianças pareciam gelatina no chão, e até a diretora precisou ser puxada com carrinho de rodinha.
— Temos que descobrir o que está acontecendo! — disse Nina ao seu melhor amigo, Dudu.
Juntos, eles foram até a praça da cidade, onde tudo parecia… normal. No centro da fonte, uma pedra brilhava intensamente. Era amarela e parecia pulsar como coração.
— E se isso estiver controlando a gravidade? — sugeriu Dudu.
Com cuidado, Nina encostou na pedra. Um brilho azul se espalhou pelo chão. De repente… tudo voltou ao normal. Nem leve, nem pesado demais. Só… como sempre foi.
As pessoas aplaudiram. Nina e Dudu sorriram, aliviados e orgulhosos.
Naquela noite, antes de dormir, Nina olhou pela janela e pensou: “Às vezes, quando tudo sai do lugar, é aí que a gente aprende a se adaptar.”