Os Protetores do Riacho
Perto de um bosque florido, corria um riacho cristalino onde viviam peixinhos saltitantes, rãs cantoras e libélulas brilhantes. Era o lugar preferido de Léo, Sofia, Ravi e Nina. Toda tarde, os quatro amigos se reuniam ali para brincar, pular pedras e molhar os pés.
Mas, numa quinta-feira qualquer, algo estava estranho. A água parecia turva. Garrafinhas plásticas flutuavam entre as folhas, e os peixinhos nadavam devagar, com olhinhos tristes.
— Alguém está sujando nosso riacho! — exclamou Sofia, indignada.
— Temos que fazer alguma coisa! — disse Léo.
Assim nasceu o clube secreto: Os Protetores do Riacho. Eles fizeram crachás com folhas secas, usaram galhos como varinhas de detetive e convocaram uma reunião de emergência na casa da Vó Lurdes, vizinha dos quatro e grande contadora de histórias.
— Sujeira tem causa, crianças. E também tem solução. Vamos investigar! — disse a vovó, sorrindo cúmplice.
No dia seguinte, munidos de pranchetas e lupas de brinquedo, os amigos seguiram o rastro da sujeira. Descobriram que alguns adultos deixavam lixo no chão após os piqueniques e que o vento levava tudo até o riacho.
— Não é por maldade — observou Ravi — é por distração.
Então, com ajuda da Vó Lurdes, eles prepararam um plano: criaram placas coloridas com frases como “O riacho agradece!” e “Peixinhos felizes, crianças felizes!”. Fizeram uma campanha na pracinha, explicando para os vizinhos a importância de cuidar da natureza. Até organizaram um mutirão de limpeza com direito a limonada no final!
Duas semanas depois, o riacho voltou a brilhar. Os peixinhos nadavam saltitantes, as libélulas dançavam no ar, e os amigos, orgulhosos, sorriam de orelha a orelha.
Na última reunião do clube, Nina disse:
— Acho que nosso maior superpoder é cuidar juntos do que amamos.
E todos concordaram, brindando com copinhos de suco.